Poesia

Do cuidado

Pierre Auguste Cot [The Storm], 1880 (Detalhe)

Cuidado com as flores!
Não por serem flores,
mas porque nem tudo são flores.

Conserva o que tens!
Para que não te seja
Arrancado o que ainda não tens.

Do cuidado revelam-se intenções.
Cuidarás e, por fim, ou início, amarás.

Cuidado com as rosas!
Não por serem rosas,
Mas porque podem te machucar.

Espera o que vem!
Para que, o que ainda não veio, venha.

Da espera revelam-se intenções.
Esperarás e, por fim, ou início, amarás.

Anderson C. Sandes — Fevereiro de 2016

Publicado por Anderson C. Sandes

Poeta, cronista, ensaísta, autor de Baseado em Fardos Reais; Arte e Guerra Cultural: preparação para tempos de crise; organizador da Antologia Quando Tudo Transborda. Pedagogo. Vivo de poesia pra não morrer de razão.

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