A grande produção de conteúdo na internet trouxe-nos tamanha variedade em termos de entretenimento e aprendizado em potencial. Livros, peças teatrais, espetáculos e cursos chegam a muito mais pessoas que num passado não tão distante. Com uma mídia (meio) mais acessível e abrangente vem uma maior capacidade de influência massificada, tanto que assim chamam os novos produtores de conteúdo: influenciadores.
Não basta ser louco, tem que parecer louco
Na crônica de ontem falei sobre a “domquixotelização” dos progressistas, seres que muito leram fantasias ideológicas até o ponto de viverem delas, em completa loucura, combatendo gigantes que não passam de moinhos de vento.
A domquixotelização dos frágeis
Dom Quixote de Cervantes deixou de ser um personagem de um clássico e foi elevado à figura de uma espécie de “folclore global”. Comumente é conhecido como um personagem louco, que de tanto ler novelas de cavalaria acabou criando um universo paralelo, uma fantasia, com donzela a defender, gigantes para vencer e até um arqui-inimigo feiticeiro, o Frestão.
A arte é uma arma?
Fala-se muito em nossos dias sobre “guerra cultural”. As artes fazem parte da cultura de um povo, culminando para o éthos.
Alvorecer em Jacaré dos Homens
Esta embotada imagem
Do céu de Alagoas
Na xícara de café
Não se compara àquela
Alvorada em Jacaré dos Homens
A admiração artística-filosófica em Palavrantiga e Povia
Todos têm um pouco de poeta e de filósofo — e de doido, diria minha mãe. Na cultura ocidental as relações entre poesia e filosofia já foram amplamente discutidas, desde Aristóteles e, claro, antes dele. Por questões semânticas, tomemos também por “poeta” o artista de modo geral, o criador. E por “poesia” entendamos a arte em geral, a criação artística.
Setembro e a bile negra
Às vésperas de setembro
Surge a bile negra
Amiúde, ano a ano
D’onde não lembro
Homem réptil
Deixou a toca pela manhã, covil
Pele a descamar da pálida face
Gelado aquele inverno, sangue frio