Alerta de duplo spoiler! — “Coringa: delírio a dois” é quase que uma remontagem de Dom Quixote e eu posso demonstrar: Dom Quixote representa o louquinho, deslocado da realidade, transforma moinhos de vento em monstros perigosos, como fazem as cabeças repletas de ideologias de hoje, não é mesmo?
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Não basta ser louco, tem que parecer louco
Visions of quixote, 1989 - Octavio Ocampo
Na crônica de ontem falei sobre a “domquixotelização” dos progressistas, seres que muito leram fantasias ideológicas até o ponto de viverem delas, em completa loucura, combatendo gigantes que não passam de moinhos de vento.
A domquixotelização dos frágeis
Wilhelm Marstrand, Don Quixote og Sancho Panza ved en skillevej, u.å. (efter 1847)
Dom Quixote de Cervantes deixou de ser um personagem de um clássico e foi elevado à figura de uma espécie de “folclore global”. Comumente é conhecido como um personagem louco, que de tanto ler novelas de cavalaria acabou criando um universo paralelo, uma fantasia, com donzela a defender, gigantes para vencer e até um arqui-inimigo feiticeiro, o Frestão.