Tudo indica que, em 2026, teremos uma adaptação da Odisseia, obra de Homero, por Chistopher Nolan. Não será a primeira adaptação da Odisseia para cinema ou TV, mas é certo que terá um peso nessa arte-indústria, pelo simples fato de ser escrita e dirigida por Nolan, além de contar com um elenco interessante.
Autor: Anderson C. Sandes
Demon Slayer e o mal da “geração 30 segundos no 2X”
O anime fenômeno Kimetsu no Yaiba — Demon Slayer — representa muito bem, em vários aspectos, a nova geração, mas não somente a nova geração, também ao espírito da nova geração, que afeta até mesmo aqueles de gerações passadas. O anime é sem enrolação, sem muita explicação, em comparação com outros animes clássicos, como Naruto e Dragon Ball, é dinâmico, “brilhoso”, saturado, estimulante. A narrativa é sem rodeios, o que agrada uma turma e incomoda outra, e esse é o ponto que trago.
Crianças adultas e adultos criançolas
O maior poema do poeta romano Horário chama-se Arte Poética. Trata-se de uma obra recheada de conselhos sobre poesia e teatro, em formato de carta, dirigida aos irmãos Pisões. A partir do verso 153, o poeta aconselha que os personagens de uma obra tenham um caráter e comportamento adequados às suas respectivas idades.
História poética da poesia: A ave fênix de Hans Christian Andersen
Conheço fábulas e contos impressionantes, com lições, ensinos, sutilezas estéticas e filosóficas que mereceram resistir ao teste do tempo.
Brevidade: um encontro com a vida
“Brevidade” surge como produto daqueles dias em que a gente percebe, de repente, que a vida é curta demais para ser vivida no automático. É sobre parar em meio à caçada e deixar cair as armas, desistir das armadilhas e ouvir o mundo ao redor, com suas pequenas e insistentes belezas. O poema nasceu dessa pausa: um instante em que a própria máquina do mundo me disse que a pressa e a luta nem sempre são o melhor caminho para todos. A seguir, teremos o poema e, adiante, uma breve explanação, que revela seus símbolos e intenções.
Eu quase fui “livre” — e ainda bem que não fui
Eu tive um vizinho que era muito descolado, tocava em uma banda de rock, andava de skate, usava roupas radicais, saía e voltava à hora que queria. Eu, adolescente de interior, criado com pai e mãe caxias, sonhava em ser como o Bob — chamarei assim para preservar sua privacidade —, livre como o vento.
O poeta e o guardador de rebanhos
O poeta como pastor de ideias: da simplicidade de Caeiro à força da metáfora que une criação e cuidado. Uma reflexão entre poesia, etimologia e simbolismo.
Educação para a sociopatia
Recentemente conversava com minha esposa, professora, sobre educação. Nos últimos anos, queixava-se ela, recebeu — e ainda recebe — diretrizes estranhas das escolas onde trabalhou, sobre assuntos que deveria tratar e não tratar, das palavras que poderia usar e não usar, entre outras coisas que sempre deixam pesar a consciência de bons professores, que precisam de seus empregos.
O velho conflito entre o que é bom e a novidade
O professor Ernst Gombrich conta-nos em sua obra A História da Arte que, por volta de 1520, a pintura havia atingido o auge da perfeição. “Homens como Michelangelo e Rafael, Ticiano e Leonardo conseguiram levar a cabo tudo o que as gerações anteriores haviam tentado realizar”, disse ele.
Logos X Legos: a guerra poética que a direita inculta não percebe
Este é um assunto complicado, do qual pretendia falar há cerca de dois anos, mas sempre temi ser mal compreendido — normal para um poeta na modernidade —, taxado de arrogante e coisas do tipo. Mas, como num lampejo de obviedade, percebi que, quando o assunto é cultura, a taxa de leitores cai, e quando se trata de compreensão, os números descem ainda mais.