Crônica, Texto

Os influenciadores da inversão

The Smoker, 1640, by David Teniers the Younger

A grande produção de conteúdo na internet trouxe-nos tamanha variedade em termos de entretenimento e aprendizado em potencial. Livros, peças teatrais, espetáculos e cursos chegam a muito mais pessoas que num passado não tão distante. Com uma mídia (meio) mais acessível e abrangente vem uma maior capacidade de influência massificada, tanto que assim chamam os novos produtores de conteúdo: influenciadores.

Crônica, Texto

Não basta ser louco, tem que parecer louco

Visions of quixote, 1989 - Octavio Ocampo

Na crônica de ontem falei sobre a “domquixotelização” dos progressistas, seres que muito leram fantasias ideológicas até o ponto de viverem delas, em completa loucura, combatendo gigantes que não passam de moinhos de vento.

Crônica, Texto

A domquixotelização dos frágeis

Wilhelm Marstrand, Don Quixote og Sancho Panza ved en skillevej, u.å. (efter 1847)

Dom Quixote de Cervantes deixou de ser um personagem de um clássico e foi elevado à figura de uma espécie de “folclore global”. Comumente é conhecido como um personagem louco, que de tanto ler novelas de cavalaria acabou criando um universo paralelo, uma fantasia, com donzela a defender, gigantes para vencer e até um arqui-inimigo feiticeiro, o Frestão.

Crônica, Texto

A arte é uma arma?

Allegory of Painting, 1765, by François Boucher

Fala-se muito em nossos dias sobre “guerra cultural”. As artes fazem parte da cultura de um povo, culminando para o éthos.

Crônica, Texto

A admiração artística-filosófica em Palavrantiga e Povia

Todos têm um pouco de poeta e de filósofo — e de doido, diria minha mãe. Na cultura ocidental as relações entre poesia e filosofia já foram amplamente discutidas, desde Aristóteles e, claro, antes dele. Por questões semânticas, tomemos também por “poeta” o artista de modo geral, o criador. E por “poesia” entendamos a arte em geral, a criação artística.

Crônica, Infantil

O menino do picolé

“Olha o picolé!”… gritava o menino incansavelmente. Passava todas as semanas naquela rua com seu carrinho de sorvetes. Sempre gritando: Olha o picolé! Todos o conheciam, mas ninguém sabia seu nome, nem de onde vinha, mas sua voz era inconfundível ao gritar: Olha o picolé! A garotada, porém, o chamava de um nome, nome este que não era o seu, mas era assim que o chamavam: o menino do picolé.