A grande produção de conteúdo na internet trouxe-nos tamanha variedade em termos de entretenimento e aprendizado em potencial. Livros, peças teatrais, espetáculos e cursos chegam a muito mais pessoas que num passado não tão distante. Com uma mídia (meio) mais acessível e abrangente vem uma maior capacidade de influência massificada, tanto que assim chamam os novos produtores de conteúdo: influenciadores.
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Textos autorais de Anderson C. Sandes.
Não basta ser louco, tem que parecer louco
Na crônica de ontem falei sobre a “domquixotelização” dos progressistas, seres que muito leram fantasias ideológicas até o ponto de viverem delas, em completa loucura, combatendo gigantes que não passam de moinhos de vento.
Alvorecer em Jacaré dos Homens
Esta embotada imagem
Do céu de Alagoas
Na xícara de café
Não se compara àquela
Alvorada em Jacaré dos Homens
Setembro e a bile negra
Às vésperas de setembro
Surge a bile negra
Amiúde, ano a ano
D’onde não lembro
Homem réptil
Deixou a toca pela manhã, covil
Pele a descamar da pálida face
Gelado aquele inverno, sangue frio
Respiga de liberdade
Respiga de liberdade é um poema sobre liberdade de expressão, na verdade, sobre a falta da liberdade de expressão. A sextilha abaixo traz, de modo análogo, personagens que buscam liberdade e não encontram, como respigadores que vão ao campo recolher as sobras da colheita e não acham nada. O que antes era seara passa a ser um deserto. Respiga de liberdade é um poema sobre o Brasil de nossos tempos. Em seguida, o poema na íntegra, após o mesmo, uma breve análise por trechos.
Elogio à humildade
Dai privação ao opulento
e haverá miséria,
ranger de dentes.
Cessará o riso a contento,
e a canção etérea
outrora correntes
Quiasma cósmico
Circunda a rotunda Selene
Ao agito de frias ondas
A banhar a alva areia
Tão clara ao brilho perene
Arrefece amantes em rondas
Sob a bela lua cheia