Crônica, Texto

Quando os filmes de heróis vão saturar?

Quando o assunto é arte, uma coisa é certa: em algum momento essa e aquela tendência vão saturar, esgotar. Isso ocorre na literatura, pintura, arquitetura e também com o cinema. Determinada corrente, escola ou movimento passa a não responder mais aos anseios daquele tempo, passando então à substituição, incorporação, absorção ou até ostracismo.

Crônica, Texto

O fim da magia na arte circense

Imagem gerada por inteligência artificial

Respeitável público… Senhoras e senhores… nesse sábado fui ao circo. Tinha palhaço, malabarismo, dança, globo da morte entre outros espetáculos. Olhares de decepção estavam estampados nas caras de meus companheiros de plateia, que fitavam o picadeiro ora pela tela dos malditos smartphones, ora com os próprios olhos. Reparei logo de cara um segundo problema: o público…

Crônica, Texto

Os influenciadores da inversão

The Smoker, 1640, by David Teniers the Younger

A grande produção de conteúdo na internet trouxe-nos tamanha variedade em termos de entretenimento e aprendizado em potencial. Livros, peças teatrais, espetáculos e cursos chegam a muito mais pessoas que num passado não tão distante. Com uma mídia (meio) mais acessível e abrangente vem uma maior capacidade de influência massificada, tanto que assim chamam os novos produtores de conteúdo: influenciadores.

Crônica, Texto

Não basta ser louco, tem que parecer louco

Visions of quixote, 1989 - Octavio Ocampo

Na crônica de ontem falei sobre a “domquixotelização” dos progressistas, seres que muito leram fantasias ideológicas até o ponto de viverem delas, em completa loucura, combatendo gigantes que não passam de moinhos de vento.

Crônica, Texto

A domquixotelização dos frágeis

Wilhelm Marstrand, Don Quixote og Sancho Panza ved en skillevej, u.å. (efter 1847)

Dom Quixote de Cervantes deixou de ser um personagem de um clássico e foi elevado à figura de uma espécie de “folclore global”. Comumente é conhecido como um personagem louco, que de tanto ler novelas de cavalaria acabou criando um universo paralelo, uma fantasia, com donzela a defender, gigantes para vencer e até um arqui-inimigo feiticeiro, o Frestão.

Crônica, Texto

A arte é uma arma?

Allegory of Painting, 1765, by François Boucher

Fala-se muito em nossos dias sobre “guerra cultural”. As artes fazem parte da cultura de um povo, culminando para o éthos.

Crônica, Infantil

O menino do picolé

“Olha o picolé!”… gritava o menino incansavelmente. Passava todas as semanas naquela rua com seu carrinho de sorvetes. Sempre gritando: Olha o picolé! Todos o conheciam, mas ninguém sabia seu nome, nem de onde vinha, mas sua voz era inconfundível ao gritar: Olha o picolé! A garotada, porém, o chamava de um nome, nome este que não era o seu, mas era assim que o chamavam: o menino do picolé.