Poesia

Alvorecer em Jacaré dos Homens

Muddy Alligators (1917) by John Singer Sargent

Esta embotada imagem
Do céu de Alagoas
Na xícara de café
Não se compara àquela
Alvorada em Jacaré dos Homens
Não sei se o sol
Se eu
Se a janela
A poeira, a neblina
A companhia
A música indigesta
A hora, o lugar
O relevo, a altitude
O acaso, a providência
A umidade no olhar
O ângulo, o movimento
Qualquer fenômeno enfadonho
Que alguém de jaleco o explique
Ou efeito metafísico que conste
Em escrituras sagradas…
Não se compara!
Houve qualquer coisa de sublime
De terrível
De horror
De espanto
De arte
Que belo alvorecer
Aquele em Jacaré dos Homens

4 de agosto de 2024

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Publicado por Anderson C. Sandes

Poeta, cronista, ensaísta, autor de Baseado em Fardos Reais; Arte e Guerra Cultural: preparação para tempos de crise; organizador da Antologia Quando Tudo Transborda. Pedagogo. Vivo de poesia pra não morrer de razão.

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