Platão acreditava no chamado Mundo das Ideias que, grosso modo, consistiria numa espécie de reino transcendental e eterno de formas ou ideias perfeitas. Para o filósofo, esse mundo das ideias seria a verdadeira realidade, enquanto o mundo físico que percebemos com nossos sentidos é apenas uma sombra ou reflexo imperfeito desse mundo das ideias. Essa ideia, claro, iria nortear a sua visão sobre a beleza.
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As categorias da beleza (visão objetiva) — Ariano Suassuna
Aristóteles e as Categorias da Beleza
A Estética moderna procura fazer do Belo apenas um dos tipos possíveis de algo mais amplo, que os pós-kantianos chamaram de Estético e que, aqui, chamamos de Beleza. Já examinamos tal problema antes, dando razão àqueles que assim agem; pois não se pode compreender que se confundam sob uma só denominação o Belo, que só desperta sentimentos agradáveis e serenos na sua fruição, e outros tipos de Beleza, como, entre outros, o Trágico, cuja fruição é misturada de sensações de “terror e piedade”, segundo acentuava Aristóteles.
O feio na arte — Ariano Suassuna
Arte Feia e Arte do Feio
Quando abordamos o estudo das fronteiras da Beleza, já esboçamos, de passagem, o problema do Feio, mostrando que nem sempre os artistas eram atraídos pelo Belo, isto é, por aquela forma especial de Beleza que se baseia naquilo que, na Natureza, já é belo e que se caracteriza pela harmonia, serenidade e equilíbrio nas proporções. Dissemos que existem artistas que, pelo contrário, acham as formas mais ásperas do Feio mais expressivas, menos comuns, menos tendentes ao sentimentalismo, à pieguice, à uniformidade e à monotonia.
Sobre a arte poética — Aristóteles
Sobre a arte poética (ou Poética) provavelmente registrada entre os anos 335 a.C. e 323 a.C., é um conjunto de anotações das aulas de Aristóteles sobre o tema da poesia e da arte em sua época, pertencentes aos seus alunos escritores (para serem transmitidos oralmente aos seus alunos) ou esotéricos (textos para iniciados).