Este é um assunto complicado, do qual pretendia falar há cerca de dois anos, mas sempre temi ser mal compreendido — normal para um poeta na modernidade —, taxado de arrogante e coisas do tipo. Mas, como num lampejo de obviedade, percebi que, quando o assunto é cultura, a taxa de leitores cai, e quando se trata de compreensão, os números descem ainda mais.
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O Brasil não tem povo
Num arroubo poético, em 1922, Lima Barreto afirmou que “o Brasil não tem povo, tem público”. A frase estava inserida num contexto futebolesco, mas acima de tudo, num espírito brasileiresco, país do futebol (e do carnaval).
Não basta ser louco, tem que parecer louco
Na crônica de ontem falei sobre a “domquixotelização” dos progressistas, seres que muito leram fantasias ideológicas até o ponto de viverem delas, em completa loucura, combatendo gigantes que não passam de moinhos de vento.
A domquixotelização dos frágeis
Dom Quixote de Cervantes deixou de ser um personagem de um clássico e foi elevado à figura de uma espécie de “folclore global”. Comumente é conhecido como um personagem louco, que de tanto ler novelas de cavalaria acabou criando um universo paralelo, uma fantasia, com donzela a defender, gigantes para vencer e até um arqui-inimigo feiticeiro, o Frestão.
Mentalidade vermelha
Oh, Mentalidade vermelha
Que com foices abrem crânios
E com martelos esmagam a massa cinzenta
Esmagam a massa…
E cinza é o seu futuro
Ego non sum
Não me associo a eles