Oh, ser estranho, permaneça fechado
P’ra que não fujam teus monstros
E que não haja muitos encontros
Entre tu, libertador, e o libertadoTranca os demônios dentro de ti
Faze do peito os seus abrigos
E que os pensamentos sejam amigos
E que não chame atenção para siDai privação a este tímido
Talvez assim ele o queira
Dai-lhe o direito de ser mais alegreSinta-se talvez um ser remido
Anderson C. Sandes — Março de 2016
Deixa-lhe abrir-se à sua maneira
Quiçá já lhe baste a vida que segue
Soneto de tímido

René Magritte [The Son of Man], 1946 (Detalhe)