Pedro parecia perecer
Parava, pensava… pulava
Pulava pelos pântanos
Pântanos pensados por Pedro
Pedro pedia pão
Pobre Pedro…
Pesadas portas
Pedro parecia perecer
Parava, pensava… pulava
Pulava pelos pântanos
Pântanos pensados por Pedro
Pedro pedia pão
Pobre Pedro…
Pesadas portas
Terna flor
Que adornada de esterco
De dejetos fétidos
De abortos intestinais
De desarranjos, não arranjos
Do putre rejeito dos corpos
Cresce linda e cheirosa
A despeito e por causa
Dessa massa fedorenta
Cuidado com as flores!
Não por serem flores,
mas porque nem tudo são flores.
Conserva o que tens!
Para que não te seja
Arrancado o que ainda não tens.
Sonho acordado
desejando.
Desejando também
sonhar dormindo
Não apenas sonhar,
mas sonhar contigo.
Fecham-se os olhos
E viro um herói
O melhor poeta
O melhor atleta
O melhor de mim
O melhor que não sou
O que tenho eu nesta vida para cuidar além de algumas feridas? Perguntei-me durante uma de minhas curtas e constantes crises existenciais. Quem não tem uma dessas pelo menos uma vez por semana? Logo me veio à memória algumas leituras que fiz, que tratam sobre a dor, pois quando se fala em feridas — abertas — se fala em dor — e sofrimento —. Fiz um paralelo entre essas memórias.