Poema dedicado a Tailan Cavalcante, que descansa em paz. Durante à noite, estávamos juntos entre outros, a cantar ao som de um violão; durante o dia, estávamos todos em volta de seu pálido caixão. Faleceu enquanto dormia. Tive a oportunidade de recitar um poema — que já não tenho mais — em sua missa de sétimo dia. Mesmo num momento de muita tristeza, a sua memória nos alegrava.
Foram me acordar pra dizer que você dormiu
Anderson C. Sandes — Abril de 2014
À noite, estava de pé com seu violão
De dia deitou, com as mãos sobre o peito
Sabe, hoje toco as notas que você me ensinou
Daquela linda canção, que cantávamos juntos
À noite, sempre à noite
Eu queria contar sobre um livro que li
Tenho certeza que iria gostar…
Apesar de não ter dragões
Veja, nos ainda visitamos a sua casa
E sempre rimos de tuas antigas palavras
À noite, sempre à noite
Foram me acordar pra dizer que você dormiu
À noite, estava de pé com seu violão
De dia deitou, com as mãos sobre o peito
Hoje somos mais do que éramos antes
Na verdade isso tanto faz
Seu lugar ainda está lá, vazio
Mas à noite, sim, sempre à noite
À luz de tua estrela favorita ficamos
Empunhamos espadas e vestimos armaduras
Apesar de não ter dragões
Foram me acordar pra dizer que você dormiu
À noite, estava de pé com seu violão
De dia deitou, com as mãos sobre o peito