O maior poema do poeta romano Horário chama-se Arte Poética. Trata-se de uma obra recheada de conselhos sobre poesia e teatro, em formato de carta, dirigida aos irmãos Pisões. A partir do verso 153, o poeta aconselha que os personagens de uma obra tenham um caráter e comportamento adequados às suas respectivas idades.
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Brevidade: um encontro com a vida
“Brevidade” surge como produto daqueles dias em que a gente percebe, de repente, que a vida é curta demais para ser vivida no automático. É sobre parar em meio à caçada e deixar cair as armas, desistir das armadilhas e ouvir o mundo ao redor, com suas pequenas e insistentes belezas. O poema nasceu dessa pausa: um instante em que a própria máquina do mundo me disse que a pressa e a luta nem sempre são o melhor caminho para todos. A seguir, teremos o poema e, adiante, uma breve explanação, que revela seus símbolos e intenções.
O poeta e o guardador de rebanhos
O poeta como pastor de ideias: da simplicidade de Caeiro à força da metáfora que une criação e cuidado. Uma reflexão entre poesia, etimologia e simbolismo.
Logos X Legos: a guerra poética que a direita inculta não percebe
Este é um assunto complicado, do qual pretendia falar há cerca de dois anos, mas sempre temi ser mal compreendido — normal para um poeta na modernidade —, taxado de arrogante e coisas do tipo. Mas, como num lampejo de obviedade, percebi que, quando o assunto é cultura, a taxa de leitores cai, e quando se trata de compreensão, os números descem ainda mais.
Escritores, crianças e Freud explicando…
Nós, leigos, sempre sentimos uma intensa curiosidade […] em saber de que fontes esse estranho ser, o poeta, retira seu material, e como consegue impressionar-nos com o mesmo e despertar-nos emoções das quais talvez nem nos julgássemos capazes — Sigmund Freud, O poeta e o fantasiar (1908)
Técnicas poéticas presentes na Bíblia
Hoje trago 3 técnicas poéticas que estão muito presentes nos textos bíblicos, com exemplos também em meus poemas.
Alvorecer em Jacaré dos Homens
Esta embotada imagem
Do céu de Alagoas
Na xícara de café
Não se compara àquela
Alvorada em Jacaré dos Homens
Setembro e a bile negra
Às vésperas de setembro
Surge a bile negra
Amiúde, ano a ano
D’onde não lembro