Poesia

Ouv [indo] a vida

Jan Miense Molenaer [Portrait of a Young Violinist], 1632 (Detalhe)

Hoje faz Sol. Ontem fez Dó
Como instrumento desafinado
Ando de Ré a caminho de Lá
Na percussão de meus passos 

A brisa me vem com harmonia
E o canto das aves em partitura
Pisando em solo, em terra dura
Vou ouvindo a sinfonia

Se dormires, peço que acordes
Pois esta canção que ecoa
É demasiada rara. Notas?

Em adágio segue o mundo
Não obstante ligeiro.
O tempo maestro segue a orquestra
E eu a aprecio primeiro.

Anderson C. sandes — Maio de 2014

Publicado por Anderson C. Sandes

Poeta, cronista, ensaísta, autor de Baseado em Fardos Reais; Arte e Guerra Cultural: preparação para tempos de crise; organizador da Antologia Quando Tudo Transborda. Pedagogo. Vivo de poesia pra não morrer de razão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *