Poesia

Cosmos jardim

Otto Stark [Garden in Paris], 1885 (Detalhe)

Bem arado foi o céu

Enchido com sementes de estrelas
Como serão suas flores?
Rosadas de luz? Cheias de cores?
Quem as colherá? Quem escolherá?

Há um jardineiro?

Um bastaria? 
Como podam-se estrelas?
Quem… quem as regaria? 

Sei que são belas as flores

As flores das estrelas
Não há vaso digno de tê-las

Olha como brilham

As flores das estrelas
Não há olho digno de vê-las

Eu cá, com toda minha indignidade

Observo com cuidado, de longe
De outra forma não poderia ser
Já sou ousado em me atrever a ver
Creio que…
Não devo levar tão a sério assim…
Afinal, elas brilham, também, pra mim

Anderson C. Sandes — Outubro de 2015

Publicado por Anderson C. Sandes

Poeta, cronista, ensaísta, autor de Baseado em Fardos Reais; Arte e Guerra Cultural: preparação para tempos de crise; organizador da Antologia Quando Tudo Transborda. Pedagogo. Vivo de poesia pra não morrer de razão.

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