Por mais que eu cante
Anderson C. Sandes — Agosto de 2016
Não me vêm as borboletas
Inda que’u grite
Não me responde a lua
Deve estar cheia… cheia de mim
Pr’onde vão as borboletas
Quando fogem de mim?
Seja lá onde for
Rejeitam meu canto
E cá estou em meu canto
Ao longe se grita, ao perto se canta
Oh borboletas e lua
Ambas tão cheias de fazes
Cheias de mínguas… crescentes
Em busca de nova vida
Talvez para à lua vão as borboletas
E ficam em silêncio
Sem grito e sem canto
E cá fico, em meu canto.
Cada qual em seu lugar
![](https://andersonsandes.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Ambrosius-Bosschaert-the-Elder-Flower-Still-Life-1614-Detalhe.jpg)
Ambrosius Bosschaert the Elder [Flower Still Life], 1614 (Detalhe)