Qual caraibeira florescida
com vagens verdinhas e longas
surgi, depois d’um inverno quente
e longo verão brasil.Com vergonha dos pardais
calei o canto rouco da manhã;
manhã que logo veio,
sem que percebesse meus olhos.Despeço-me, oh caraibeira!
Tão amarelada quanto eu.
Como não, se fujo do sol
que te embeleza?Ficai, pois, pardais a cantar!
Mas outra canção,
que seja de ninar.
Dirijo-me ao leito,
depois de sonhar,
e que agora eu não sonhe
quando a vista fechar.Ouça-os, pois, amiga frondosa,
Anderson C. Sandes — Outubro de 2018
que embeleza meu quintal.
![](https://andersonsandes.com.br/wp-content/uploads/2019/11/caraibeira-poema-poesia-sertão-anderson-c-sandes-1-1024x680.png)