Música, Poesia

Monologando co’a morte

Francisco de Goya [Saturn Devouring One of his Children], 1819-23 (Detalhe)

Te vi em meu olhar

Num reflexo
De águas tranquilas

Este chão já foi o meu leito
Certo estou que ainda será
Outrora acima
Depois não sei

Me vi em teu olhar
No escuro
De u’a noite em guerra

Ah, veio a noite
Mas clara…
Denota que em trevas
Virá o dia

Que demore a voltar
Pois não te espero
O que quero já foi me dado
Eis-me aqui, em vida
Oh morte, eis-me aqui
Em vida.

Anderson C. Sandes — Agosto de 2014

Publicado por Anderson C. Sandes

Poeta, cronista, ensaísta, autor de Baseado em Fardos Reais; Arte e Guerra Cultural: preparação para tempos de crise; organizador da Antologia Quando Tudo Transborda. Pedagogo. Vivo de poesia pra não morrer de razão.

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